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Minas Gerais está entre os treze estados em colapso por leitos de UTI

Maior espera por UTI está no Paraná, onde a taxa de ocupação é de 96%

Por João Cerino em 03/06/2021 às 12:27:12

Mario Tama/Getty Images

Com o agravamento atual da pandemia, ao menos treze estados brasileiros e o Distrito Federal enfrentam escassez de leitos UTI e filas crescentes por essas vagas em hospitais. São eles: Ceará, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. São Paulo tem filas por UTI em alguns municípios, mas o governo João Doria diz não saber precisar o tamanho da fila estadual porque o sistema é descentralizado. Piauí e Maranhão não responderam aos pedidos de informação.

No Rio Grande do Sul, a fila praticamente triplicou em maio, de 23 em 04/05 para 58 em 31/05. No Rio Grande do Norte, a lista tinha 93 pessoas, a maioria formada por não idosos. No Rio de Janeiro, o número passou de 49 pacientes em 13/05 para 93 em 31/05.

A maior espera por UTI está no Paraná, onde a taxa de ocupação das UTI é de 96% e a fila por uma vaga quadruplicou em maio.

Em seu balanço semanal mais recente, a Fundação Oswaldo Cruz aponta que foram registradas 2,1 milhões de internações hospitalares desde o início de 2020 por casos suspeitos ou confirmados de Covid-19. A tendência atual, segundo a Fiocruz, é de piora no país como um todo. Apenas 5 das 27 unidades da federação não têm regiões com tendência de aumento das internações, que são Acre, Amapá, Rondônia, Roraima e Sergipe.

Para a Fiocruz, as medidas de distanciamento social foram flexibilizadas por governantes antes que a pandemia estivesse sob controle. "Tais estimativas reforçam a importância da cautela em relação a medidas de flexibilização das recomendações de distanciamento para redução da transmissão da Covid-19 enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos", afirma a Fiocruz.

No caso das capitais, 13 têm sinais de agravamento da pandemia: Curitiba, Campo Grande, Cuiabá, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Palmas, Porto Alegre, Salvador, São Paulo e Vitória. Em outras dez capitais, as internações pararam de cair.

Para a Fiocruz, esse cenário de piora ou fim da melhora na maioria das capitais "pode ser associado à retomada das atividades de maneira precoce" e essa situação "manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, com tendência de agravamento nas próximas semanas caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais".

Fonte: Matheus Magenta - BBC News Brasil em Londres

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