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PF combate crimes de associação criminosa, lavagem de capitais e criação de documentos falsos

Certidões de nascimento falsas, eram usadas para criar carteiras de identidade, CPF"s, títulos eleitorais, CNH"s e outros

Por João Cerino em 01/07/2021 às 13:05:50

Montes Claros/MG – A Polícia Federal deflagrou neste dia 30 de junho, a operação policial Reborn, para combater crimes de associação criminosa, falsidade ideológica e confecção de documentos com dados falsos. As investigações tiveram início a partir da análise de documentos apreendidos durante a deflagração da operação policial Stellio, que desvendou fraudes no saque de créditos de precatórios judiciais por meio de procurações falsas. Da análise desses documentos surgiram indícios de que, além de procurações, certidões de nascimento falsas eram lavradas pela responsável por um cartório de registro civil localizado no Norte de Minas.

Em posse dessas certidões de nascimento ideologicamente falsas, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos, como carteiras de identidade, CPF"s, títulos eleitorais e CNH"s; além da criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxilio emergencial. Constatou-se que o perfil dos beneficiários desses documentos falsos consistia em foragidos da Justiça, pessoas com extensa ficha criminal e golpistas alvos de diversas demandas na Justiça cível por prática de pirâmide financeira.

Outro grupo identificado foi de imigrantes ilegais vindos de países árabes, todos buscando nova identidade para se furtar dos comprometimentos jurídicos que recaiam sobre seus verdadeiros nomes. Apurou-se ainda que um brasileiro, com cidadania norte-americana e procurado pela Interpol por condenação a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos estava vivendo em Florianópolis-SC, com uma dessas identidades falsas. Documentos de identificação obtidos mediante fraude também foram utilizados para atividades econômicas em contas bancárias em grandes instituições financeiras brasileiras.

A PF representou por treze mandados judiciais de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara da Subseção Judiciária da Justiça Federal em Montes Claros e cumpridos nas cidades mineiras de Belo Horizonte -com três mandados- e ainda Divinópolis, Ribeirão das Neves, Igarapé e Lagoa Santa. Cidades paulistas de São Paulo, Tatuapé e Votorantim também foram alvos, além dos municípios catarinenses de Florianópolis e São José e Vila Velha, no estado do Espírito Santo. Cerca de setenta policiais e servidores federais atuaram nesta operação.


Fonte: Delegacia Regional de Polícia Federal em Montes Claros-MG

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