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Produtores buscam mais segurança no campo

Um grupo já se reuniu e definiu ações importantes para aumentar a segurança nas propriedades rurais

Por João Cerino em 23/09/2021 às 06:20:00

O produtor Adário da Mata está otimista

Produtores rurais incomodados com o grande número de roubos e furtos de máquinas agrícolas que têm sido registrados em Frutal e região vizinha, decidiram formar uma rede para aumentar a sensação de segurança no campo. A iniciativa começou a ser desenvolvida após uma reunião entre eles, que evoluiu para um contato com a Polícia Militar, onde se traçou medidas para atender ao objetivo de diminuir a alta incidência destes roubos ou furtos de máquinas, onde, geralmente, os moradores da zona rural são alvo de ameaças com armas de fogo e ainda têm seus equipamentos levados.

A formação de uma rede de proteção foi estudada em parceria com a PM e a liderança do grupo já providenciou adesivos para serem fixados em locais frequentados por produtores para que eles, assim como as pessoas da área urbana, possam contribuir à sua maneira. O produtor rural Adário da Mata, de 51 anos, da Fazenda Rocinha, no município de Frutal, é um desses produtores que resolveram criar uma iniciativa para reduzir a criminalidade no campo. Ele conta que começou a fazer parte der um grupo de produtores rurais que sempre via os compartilhamentos de ocorrências regionais, se preocupando na medida em que essas ocorrências começaram a aumentar."

Como os casos foram ficando cada vez mais próximo, ele conversou com amigos para que se nos reunissem com alguns produtores da região que já haviam sido vítimas e eles concordaram em fazer uma primeira reunião para discutir o tema. "Assim eu fiz. Consegui o prédio da Aprovale e, no dia 10 de agosto, fizemos a primeira reunião, com o objetivo de trocar ideias e colher sugestões. Dessa reunião surgiu a primeira ação concreta, criei um grupo de WhatsApp chamado Rede Produtor Protegido, com o objetivo de troca rápida de ocorrências, com regras rígidas de conduta, sem politicagem, sem religião, nada de bom dia ou boa noite, só nosso objetivo."

Com o grupo criado para ser usado somente com a finalidade de repassar as ocorrências ou aprimorar as ações, Adário procurou pessoalmente a Quarta Companhia PM, onde foi atendido pelo tenente Paiva, que ouviu o relato e ofereceu ajuda para aprimorar o trabalho. "Eu pedi autorização para incluir a PM no grupo, na figura da Patrulha Rural e isso foi prontamente autorizado. E, conforme fui conversando em particular com os agricultores, tivemos cada vez mais adesão e apoio. O meu sonho é termos um Olho Vivo rural, nos moldes do que já funciona na cidade, com monitoramento em tempo real pela PM."

O produtor recomenda que todos sigam as orientações da Polícia Militar, como, por exemplo, fazer um relatório de suas máquinas, com fotos, detalhes, número de série e outras informações para compartilhar os dados em caso de ocorrência. Ele já conseguiu aval de alguns amigos que trabalham com Internet Rural, cedendo torres e conexões para a causa. "Quero montar uma rede de câmeras speed-dome em pontos estratégicos da região. Porém, é um investimento alto e tema que abordarei na próxima reunião. Já consegui com amigos produtores algumas torres com suas conexões. Falta pouco para conseguir o objetivo, só não falta a vontade de fazer acontecer."

Uma das medidas tomadas foi fazer adesivos alertando sobre situações estranhas no campo


Fonte: Reportagem Alô Frutal

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