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PC prende homem por 'estelionato de amor'

De acordo com o delegado responsável pelo caso, ele 'conquistava' as mulheres para extorquir dinheiro

Por João Cerino em 04/02/2022 às 12:37:37

Entrevista coletiva sobre o caso. Divulgação PCMG

Durante operação policial realizada na manhã desta quinta-feira, dia 3, a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu mandado de prisão preventiva contra um homem de 52 anos, suspeito de estelionato. Ele é investigado por se relacionar com ao menos três mulheres para conseguir dinheiro. O prejuízo total das vítimas já identificadas chega a aproximadamente quatrocentos mil reais. De acordo com as investigações, a cargo da Segunda Delegacia Especializada de Investigação de Fraudes, o investigado se apresentava como coronel reformado do Exército Brasileiro para conquistar as vítimas.

Segundo explica o delegado responsável pelo caso, Gustavo Xavier, esse comportamento fingindo ser ex-militar ajudava no trabalho de seduzir as vítimas. "Era uma forma de parecer que tinha boa condição financeira e que não as enganaria. Contudo, confirmamos que ele apenas prestou serviços para a corporação brevemente, nos anos de 1980. Ele ostentava carteira, medalhas, insígnias e outros artigos do Exército para dar credibilidade ao personagem que apresentava.".

Ao se aprofundar nos relacionamentos com as mulheres, o suspeito passava, então a pedir empréstimos, com valores que variavam de acordo com as economias das vítimas. "Uma delas, teve prejuízo de 300 mil. Outra, chegou a passar 50 mil em várias parcelas e um veículo", revela o delegado Xavier. As investigações revelaram, ainda que, após conseguir as somas, o suspeito desaparecia e procurava outras mulheres para iniciar um relacionamento com o propósito de aplicar o mesmo golpe. Em todos os casos, ele abriu empresas com os dados das vítimas que, por fim, acabaram sofrendo também processos trabalhistas.

MAIS VÍTIMAS

Após quase cinco meses de apuração, a PC prendeu o suspeito em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em uma obra onde ele trabalhava como empreiteiro. O chefe do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes-Deccof, delegado Júlio Wilke, destaca a gravidade da natureza do crime. "Além do prejuízo financeiro, é muito traumático para essas mulheres terem o psicológico abalado por essa relação falsa que se criou. Ainda assim, é essencial que todas as vítimas, que, com certeza existem mais, procurem a polícia para denunciá-lo", pontua.

A investigação do crime de estelionato é condicionada à representação da vítima, conforme lembra o chefe de Divisão do Decoof, delegado Eric Brandão. "É necessário que, além de registrar um boletim de ocorrência, as vítimas compareçam à delegacia para assinarem o termo de representação", esclarece o delegado, ao destacar que a pena para o crime de estelionato pode chegar a cinco anos de reclusão. O suspeito, que já acumulava mais de 20 registros policiais por estelionato, foi ouvido e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional.

No vídeo abaixo, o delegado Gustavo Xavier explica como funciona este tipo de golpe, que está sendo aplicado em vários lugares. A polícia alerta que esse tipo de estelionato tem se tornado comum e pode estar acontecendo até mesmo em Frutal e na região.


Fonte: Ascom-PCMG

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