Cemig registrou mais de 3.600 colisões em postes no ano de 2020

Colisão de veículos em postes da Cemig é um tipo de ocorrência comum nas cidades de Minas Gerais. Na maioria das vezes, o choque derruba a estrutura, atrapalha o trânsito e deixa parte da população sem luz. Um levantamento da Cemig mostra que houve 3.650 casos do tipo no estado em 2020, prejudicando cerca de 1,3 milhão de clientes, com média de dez colisões por dia nas 774 cidades mineiras atendidas. No Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, a Cemig registrou 841 ocorrências, que interromperam o fornecimento de energia para cerca de 162 mil clientes.

Esse tipo de acidente pode colocar a vida do condutor e de outras pessoas em risco. "Quando há fios caídos no chão, é possível que, ao sair do automóvel, a pessoa sofra um choque elétrico, que pode ser de até 13 mil volts, caso seja uma rede de média tensão. O único caso em que a pessoa deve deixar o veículo imediatamente é em situações de incêndio. Nessas ocasiões, se for necessário sair do veículo, a pessoa nunca deve tocar a estrutura do automóvel e o solo ao mesmo tempo, porque ele se tornará o caminho entre a corrente elétrica e o solo. Isso pode ser fatal ou causar queimaduras gravíssimas", explica o gerente de Expansão e Manutenção Preventiva da Média e Baixa Tensão da Distribuição Metropolitana da Cemig, Marcelo Roger da Silva.

É importante ressaltar também que, quando um poste é danificado, uma equipe de emergência é deslocada para avaliar a situação e definir as ações que deverão ser realizadas. "Geralmente, os serviços são complexos e demandam tempo e diversas equipes, pois envolvem o isolamento da área afetada, a retirada do veículo e a substituição ou reconstrução do poste quebrado e da rede elétrica, o que traz transtornos ao trânsito e à população", afirma.

Outra informação que vale esclarecer é que o motorista causador do acidente tem prazo de até 60 dias para ressarcir os danos causados à rede da Cemig. Somente a estrutura do poste custa, em média, cerca de R$ 4.000. Esse valor pode subir para até R$ 10 mil em caso de danos a equipamentos, como transformadores e religadores.