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PF prendeu contrabandistas de pessoas

Entre os detidos em Governador Valadares, há pessoas com responsabilidade por morte de um emigrante

Por João Cerino em 23/06/2022 às 11:17:49

Governador Valadares-MG – A Polícia Federal deflagrou no dia 21 de junho a Operação Policial "Relicta Mori" para combater crimes de promoção de migração ilegal em toda Região de Governador Valadares. A PF representou por quatro mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela Justiça Federal de Governador Valadares e cumpridos nesta cidade mineira.

Houve também a determinação de bloqueio de ativos financeiros, apreensão e arresto de diversos veículos, imóveis, valores em espécie, bem como de criptoativos destinados à ocultação de valores obtidos ilicitamente. A PF realizou uma investigação originada da denúncia dos familiares de um emigrante falecido em 2021 na tentativa de atravessar ilegalmente do México para os EUA. Restou comprovado que os investigados foram os responsáveis pela tentativa de travessia ilegal.

Apurou-se, ainda, que 197 pessoas migraram ilegalmente para os Estados Unidos com o auxílio da organização criminosa. Foram várias crianças, inclusive bebês e adolescentes utilizados para o ingresso por meio do já conhecido método "cai-cai".

Neste sistema, as famílias com menores entregam-se às autoridades americanas após cruzarem as fronteiras, pois sabem que irão responder em liberdade pelo ingresso irregular devido as crianças não poderem permanecer sozinhas por questões humanitárias.

Tal método traz ainda como agravante o aumento do número de casos de sequestro internacional de crianças. Elas são "alugadas" pelos coiotes para adultos desacompanhados que pretendam ingressar nos Estados Unidos utilizando o método citado. Isto implica em evidente risco para os menores.

Os suspeitos responderão pelo crime de promoção de migração ilegal, previsto no Artigo 232-A do CP, envio ilegal de menor ao exterior no Artigo 239 do ECA, além do homicídio, previsto no Artigo 121 também do Código Penal e, se condenados, poderão cumprir até 26 anos de prisão.

Fonte: Comunicação Social - PF/MG

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