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Barretos cria projeto de 'coelhoterapia'

Ação será desenvolvida por meio de parceria entre Unifeb e Secretaria Municipal de Educação daquele município

Por João Cerino em 20/05/2021 às 09:00:00

Lançamento do projeto do Unifeb

O Unifeb-Centro Universitário da Fundação Educacional de Barretos e a Prefeitura da cidade, por meio da Secretaria Municipal de Educação, estabeleceram uma parceria para a execução do projeto Coelhoterapia ,desenvolvido pelo curso de Zootecnia e que possibilitará o atendimento a crianças com deficiência. O início dos atendimentos depende das diretrizes do Plano São Paulo, que ainda não permitem estes tipos de atividades na modalidade presencial por conta da pandemia. A execução do projeto também contará com o curso de pedagogia, que é coordenado pela professora doutora Lúcia Parreira.

De acordo com o reitor do Unifeb, Fabiano de Sant"Ana dos Santos, o projeto de Zooterapia vem ao encontro da missão da instituição, que além de formar profissionais qualificados também preza pelo aperfeiçoamento contínuo e atendimento à comunidade. "Nosso projeto pedagógico visa colocar o aluno com a "mão na massa" para que ele tenha uma vivência prática e real da profissão. E a Zooterapia permite uma melhora na saúde mental e bem-estar dos acolhidos", destacou.

A professora de Zootecnia, Gabriela Pombo, explica que a coelhoterapia busca estudar o efeito da participação de coelhos em sessões de terapia com crianças do programa de educação inclusiva. "O projeto começou a ser elaborado quando apresentei para a X Turma da Zootecnia os conceitos de Zooterapia. A matéria era cunicultura, que tem o objetivo de ensinar aos alunos a criação de coelhos para fins pet e não só para consumo humano da carne. Saí da sala de aula com a vontade de desenvolver algo que os alunos pudessem participar ativamente, atendendo a comunidade e cuidando de pequenos animais. Infelizmente, com a pandemia, a turma não pode seguir com o propósito, mas desde então não parei de buscar oportunidades para que o projeto pudesse avançar. E, um ano e meio depois, tudo deu certo", lembrou.

De acordo com a secretária municipal de Educação, Jéssica Maria dos Santos, essa união é um sonho antigo do setor de educação Inclusiva, mas foi tomada como prioridade e concluída pela gestão Paula Lemos. "Uma educação que de fato se caracterize como inclusiva necessita ampliar as oportunidades, valorizar os profissionais envolvidos, atender as necessidades da sociedade e ter como foco a emancipação humana, o bem-estar e a aprendizagem dos estudantes. Essas são marcas do nosso governo: a construção de uma educação inclusiva, equânime e para todos. Essa é mais uma de muitas parcerias que virão em prol da educação, do ensino e da ciência", aponta Jéssica.

Segundo a professora Gabriela, o uso da TAA-Terapia Assistida com Animais é bem difundida mundialmente. Estudos com cavalos e cães para tal finalidade são bem compreendidos no meio acadêmico, no entanto, o uso de outros animais ainda está em análise. "A ideia de avaliar o bem-estar dos animais pós-terapia é pouco discutida. Além disso, desenvolveremos um protocolo de treinamento com esses coelhos para que fiquem aptos para fins terapêuticos, algo inédito na literatura", enfatizou.

Em relação aos estudos promovidos pelo UNIFEB neste projeto, além de avaliar se os animais têm perfil para fins terapêuticos, também será verificado o nível de estresse dos coelhos após as sessões de terapia; quais transtornos são mais estressantes para os animais; se os coelhos conseguem ter um comportamento normal frente a transtornos diferentes; se a vida de um coelho terapêutico muda; e também como deverá ser a alimentação, horas de descanso e ingestão de água destes animais.

Fonte: Imprensa Unifeb

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