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Pai mata filho com um tiro após discussão

A vítima estaria discutindo com o pai na tentativa de conseguir dinheiro para a compra de drogas

Por João Cerino em 17/06/2021 às 13:07:30

A PolĂ­cia Militar em Frutal foi chamada na manhã deste dia 16 para atender a um caso de homicĂ­dio, em que Cleidiomar Jerônimo da Mata, de 47 anos, foi morto com um tiro na cabeça no bairro Alto Boa vista. Conforme a ocorrĂȘncia, o crime aconteceu na residĂȘncia da famĂ­lia, na Rua Santo Minaré, no bairro Boa Vista, por volta das 8h20 da manhã. O principal suspeito pelo crime é Jerônimo Paula da Mata, de 77 anos, pai da vĂ­tima, que fugiu após atirar. Testemunhas informaram, inicialmente, que os dois tiveram uma discussão e que o pai teria atirado contra o filho porque tinha medo de ser agredido e morrer.

A polĂ­cia foi chamada pela filha do suspeito, que recebeu ligação do pai avisando que havia atirado contra o filho em legĂ­tima defesa durante a discussão. A vĂ­tima seria usuĂĄrio de drogas e jĂĄ tinha histórico anterior de violĂȘncia e discussões com o pai, a quem procurava com a intenção de conseguir dinheiro para compra de drogas. O autor do disparo, que informou a filha sobre o que aconteceu, não foi encontrado no local e as evidĂȘncias indicam que ele fugiu da cena do crime e ainda não foi localizado.

A irmã da vĂ­tima foi para a casa da famĂ­lia após ligar para a PM e esperou a chegada da viatura no lado de fora. Ela contou que foi para a residĂȘncia assim que recebeu o relato do pai sobre a discussão entre eles. A PolĂ­cia Militar localizou a vĂ­tima caĂ­da em um banheiro da residĂȘncia e fez uma ligação para o Corpo de Bombeiros com a intenção de socorrer a vĂ­tima, mas, no hospital, foi confirmado o falecimento em virtude do ferimento à bala.

O delegado Bruno Giovaninni de Paulo, que estava em plantão na Terceira Delegacia Regional de PolĂ­cia Civil, disse que a PC foi ao local assim que tonou conhecimento do caso e jĂĄ colheu as informações iniciais e estĂĄ acompanhando o caso. Segundo ele, a delegacia jĂĄ fez alguns levantamentos e ouviu testemunhas, além de acionar a perĂ­cia. Bruno informou que o caso estĂĄ em aberto e serão dadas novas informações sobre o homicĂ­dio assim que este trabalho inicial estiver concluĂ­do, iniciando então uma segunda fase para a apuração do que ocorreu.


ATUALIZAÇÃO

17/06/2021 às 13h00


Sobre o trabalho desenvolvido pela PolĂ­cia Militar no local do crime, a conclusão do Reds traz informações adicionais sobre o caso, como o fato de que, segundo testemunhas, eram comuns as discussões entre o pai e o filho por conta da necessidade dele de conseguir dinheiro com o pai para a compra de drogas. Após o responsĂĄvel pelo acionamento do telefone de emergĂȘncia ouvir um barulho semelhante a disparo de arma de fogo, ligou para o telefone 190 e a guarnição policial acionou a equipe do Corpo de Bombeiros que socorreram a vĂ­tima, que entrou em óbito. O serviço de perĂ­cia recolheu evidĂȘncias e liberou a entrada de familiares no local.

A irmã da vĂ­tima disse aos policiais que o pai ligou para ela dizendo "eu discuti com seu irmão e para não morrer, tive que matar", mas quando chegou, seu pai jĂĄ não estava no local. No hospital, soube-se, após exame de raio-x, que a vĂ­tima tinha uma perfuração na cabeça do lado direto, com um projétil no crânio. Ela confirmou que o irmão era usuĂĄrio de drogas e constantemente entrava em atrito com seu pai por causa de dinheiro. Vizinhos confirmaram que eram constantes as discussões entre pai e filho e que, na noite do ocorrido ouviram barulhos, inclusive, um momento em que se acredita ter havido arrombamento de uma das portas da casa.

Foram ainda encontradas vĂĄrias ferramentas tipo martelo, facão e outros espalhados pelo quintal da residĂȘncia. O suspeito não foi localizado em sua propriedade rural para relatar sua versão e os rastreamentos estão sendo realizados com o apoio de familiares para localizar o autor e a arma de fogo usada no crime. O cunhado da vĂ­tima recolheu uma quantia em dinheiro e folhas de cheque de valores variados que estavam no local e ficaram em sua guarda.


Fonte: PolĂ­cia Militar e PolĂ­cia Civil

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