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Zema isenta estado por aumento nos combustíveis

Governador disse que, se o combustível está caro, a culpa não é dele

Por João Cerino em 28/08/2021 às 13:20:00

Foto: Leandro Couri/EM-D.A Press

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, se defendeu das acusações do presidente Jair Bolsonaro de que o aumento no preço dos combustíveis no país é responsabilidade dos governos estaduais. Ele usou as redes sociais na manhã desta sexta-feira, 27, para atribuir à Petrobras, controlada pelo Governo Federal, a responsabilidade pelos aumentos.

Zema explicou que a 'teoria' do presidente é inválida, pois, sobre os combustíveis, 'não houve nem haverá aumento de impostos na minha gestão e o ICMS dos combustíveis em Minas é o mesmo desde 2018, quando a gasolina era R$4", escreveu Zema. O governador tirou da sua conta o aumento dos combustíveis, afirmando que o ICMS do etanol em Minas é o segundo menor do Brasil e do diesel, é o terceiro menor. "A culpa do aumento dos combustíveis não é do ICMS nem do governo do Estado."

Ele apontou ainda que o ICMS corresponde a percentual do valor cobrado nos postos, que tem sofrido reajustes constantes da Petrobras, controlada pelo governo Federal. "Somente esse ano a Petrobras já subiu em mais de 50% os combustíveis no país." Zema se defendeu dizendo que o governo do estado "não trata de política monetária, econômica, dólar ou inflação, que impactam nos preços e são de competência Federal."

Ele explicou que, do valor arrecadado com ICMS em Minas, 25% vai para 853 prefeituras, que utilizam na saúde primária, educação básica e serviços e o restante paga hospitais, mantém a educação, financia obras, segurança, salários, remédios e tudo mais sob sua responsabilidade. Zema ainda citou a Lei de responsabilidade fiscal, que impede qualquer governante de mexer na receita ou despesa sem outra fonte para compensar.

O chefe do executivo estadual ainda esclareceu que Minas é um estado cheio de dívidas e está trabalhando para regularizar, é um estado que deve muito mais do que recebe, que o tem possibilidade de aumentar a geração de empregos, que não é possível reduzir impostos no momento e que o Governo Federal deveria focar em algo que favorecesse a redução de impostos.

Fonte: Com informações de 'O Estado de Minas'

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