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Delegacia já tem suspeito por morte a pauladas

Helder Donizete de Carvalho, de 35 anos, teria sido agredido com um pedaço de madeira e a PC já tem um suspeito pelo crime

Por João Cerino em 15/09/2021 às 01:50:17

Delegado Murilo Antoninni

O caso do homem agredido a pauladas em Frutal no final de semana e que morreu no hospital nesta segunda-feira, 13 de setembro, já está sob a investigação da Polícia Civil. Segundo disse uma testemunha que viu a agressão, Helder Donizete de Carvalho, de 35 anos, teria sido agredido por dois homens com um pedaço de madeira no bairro Princesa Isabel por volta das 21h00 de sábado, dia 11 de setembro. Ele foi socorrido para o Hospital Frei Gabriel e apresentava sinais de embriaguez, mas não soube dizer qual seria o motivo de ser agredido e internado com escoriações no braço, perna e no rosto.

A PM apurou que dois homens teriam usado um pedaço de madeira para agredir a vítima e logo fugiram do local, mas a Polícia Civil está em busca de apenas uma pessoa. Durante entrevista coletiva neste dia 14, o delegado Murilo Antoninni comentou sobre o crime de lesão corporal que evoluiu para homicídio após a morte da vítima, apontando que a PC já está em busca de provas para pedir a prisão deste suspeito. Segundo ele, algumas pessoas foram à delegacia para dar detalhes do caso e informar sobre o responsável pelas agressões contra a vítima. De acordo com o delegado, a polícia precisa agora fazer algumas diligências até encontrar evidências mais concretas.

O delegado apontou que é importante deixar claro que a polícia já identificou e, se necessário, vai pedir a prisão preventiva deste suspeito. Ainda segundo ele, as informações levam a apontar que a briga teve origem na cobrança de um valor que o suspeito teria furtado da vítima. "A vítima procurou o suspeito e cobrou o dinheiro furtado, mas foi recebido a pauladas, com golpes que acertaram o crânio e resultaram na morte. O suspeito já é conhecido no meio policial, mas a PC precisa agir dentro da lei e do estado democrático de direito. A polícia precisa respeitar os direitos e garantias fundamentais até daqueles que cometem crimes."

Murilo Antoninni comentou que não se pode prender com base em apelidos e sem informações mais concretas, para que não haja enganos. "Para pedir uma prisão e o juiz conceder deve haver uma fundamentação legal e jurídica." Para ele, as pessoas precisam entender que a polícia não pode prender uma pessoa de forma abusiva e, pelo que está nos autos é que a agressão aconteceu por conta de furto de dinheiro. "Pode ocorrer que, na sequência das investigações, nós possamos descobrir outra motivação para o crime, mas, por enquanto, o que temos indica que a vítima foi fazer essa cobrança e foi recebida desta forma, com as agressões."

Concluindo, o delegado apontou que a PC trabalha com apenas um suspeito, mas nada impede que outros possam ser descobertos. "Um mandado de prisão só pode ser emitido diante de fatos que mostrem a necessidade desta prisão, já que não está mais presente o flagrante. Se houver necessidade de prisão preventiva, ele será preso, mas, se não houver, deve aguardar o processo em liberdade. As testemunhas deram indicações importantes para iniciar as investigações", concluiu.


Fonte: Entrevista coletiva na sede da DRPC

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