A PolĂcia Civil de Minas Gerais concluiu, nesta semana, o inquérito policial que apurou o desvio fraudulento milionĂĄrio de contas faturadas junto às prefeituras de Tapira e Santa Juliana, na região do Triângulo Mineiro, no interior de um hospital universitĂĄrio. Ao todo, nove pessoas foram indiciadas por diversos crimes, entre ex-colaboradores, médicos e advogado. O esquema criminoso perdurou de outubro de 2021 a dezembro de 2022. Conforme desvendado, os investigados praticavam trĂĄfico de influĂȘncia utilizando a estrutura do hospital e o cargo ocupado para benefĂcio próprio e alheio, ocasionando prejuĂzo ao erĂĄrio e à instituição.
Além disso, a investigação apontou que houve manipulação de informações no setor de faturamento do hospital, beneficiando ilicitamente uma equipe médica e trazendo prejuĂzos financeiros à instituição. Foi constatada também a manipulação de informação com o objetivo de fraudar licitações pĂșblicas junto a um consórcio, com direcionamento de beneficiĂĄrios, bem como interferĂȘncia/manipulação de clĂĄusulas contratuais em contratos pĂșblicos com esse consórcio. HĂĄ indĂcios, ainda, de interferĂȘncia no cumprimento do objeto licitatório, lavagem de dinheiro e fraude na execução de contrato licitatório.
Durante a investigação, a PolĂcia Civil representou pelo sequestro e bloqueio de valores e bens dos investigados, sendo bloqueados judicialmente aproximadamente dois milhões de reais. Com o afastamento do sigilo bancĂĄrio dos investigados, a PolĂcia Civil analisou que existia um total de 81 contas sendo utilizadas no esquema criminoso. Todos os investigados foram indicados em conformidade com as participações criminosas e o procedimento foi devidamente encaminhado ao Poder JudiciĂĄrio.
Fonte: Ascom-PCMG