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PC divulgou relatório do acidente com Marília Mendonça

A investigação concluiu que os pilotos cometeram erros que levaram ao acidente

Por João Cerino em 04/10/2023 às 12:46:05

A PolĂ­cia Civil mineira apresentou, nesta quarta, 4, a conclusão do inquérito policial que apurou a causa e as circunstâncias da morte da cantora MarĂ­lia Mendonça. O resultado da investigação foi apresentado em coletiva de imprensa e apontou homicĂ­dio culposo por parte dos pilotos e ainda solicitou o arquivamento do caso à morte dos tripulantes da aeronave. O acidente, que ocorreu em 5 de novembro de 2021, ocorreu após o avião atingir cabos de energia não sinalizados e cair em uma cachoeira de Piedade de Caratinga, na região do Vale do Rio Doce.

Além da cantora, morreram o produtor Henrique Ribeiro e seu tio Abiceli Silveira Dias Filho, além do piloto e o co-piloto. O Cenipa-Centro de Investigação de Prevenção de Acidentes AeronĂĄuticos apresentou o relatório final do acidente concluindo que não houve falhas humanas nem no avião. A investigação da PolĂ­cia Civil descartou problemas técnicos na aeronave, mal sĂșbito dos pilotos e atentado, mas reforçou que o acidente poderia ter sido evitado.

A apuração apontou para a prĂĄtica de homicĂ­dio culposo pelos pilotos Geraldo Martins de Medeiros e Tarciso Pessoa Viana, com extinção de punibilidade em razão da morte dos mesmos. A PC esclareceu que a torre estava fora do local considerado de risco e o fato de não estar, na época, sinalizada não tira a responsabilidade dos pilotos pelo acidente.

O delegado regional de Caratinga, Ivan Lopes Sales, explica que os pilotos levaram o avião além da zona de segurança recomendada. "O manual de treinamento da aeronave estipula a velocidade a ser desenvolvida e ficou evidenciado que os pilotos ultrapassaram essa velocidade, desrespeitando o manual e saindo da zona de proteção do aeródromo. Qualquer responsabilidade cabia aos pilotos observar. Dessa forma houve negligĂȘncia e imprudĂȘncia. Os pilotos se chocaram contra a torre não sinalizada, mas era um dever do piloto ter feito a anĂĄlise, havia mapas que mostravam a existĂȘncia da torre", disse a polĂ­cia.

O documento apresentado mostrou que a investigação determinou que os cabos da Companhia Energética de Minas Gerais foram um obstĂĄculo e que a altura do voo estava 'dentro dos padrões'. Ainda segundo o delegado, eles estavam em velocidade acima da permitida e saĂ­ram da zona de proteção do aeródromo. "Eles foram para um local desconhecido, o que provocou o acidente. Havia registros dessa linha de transmissão e isso foi ignorado", reiterou. Em junho de 2023, a Cemig sinalizou a linha de distribuição que foi atingida pelo avião.

Fonte: Ascom PCMG

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