Balabanner

Polícia Federal combate lavagem de dinheiro

A Operação Balaio de Palha está investigando para apurar a conduta de uma organização criminosa especializada em lavagem de capitais

Por João Cerino em 04/11/2021 às 11:00:44

Belo Horizonte - A Polícia Federal deflagrou na manhã deste dia 4 de novembro, a Operação Balaio de Palha para apurar a conduta de uma organização criminosa especializada em lavagem de capitais de outros grupos criminosos. Foram cumpridos mandados expedidos pelo Juízo da 11ª Vara Federal de Belo Horizonte, sendo nove de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e outros de sequestro de bens e valores.

A associação criminosa era especialista na constituição de pessoas jurídicas "fantasmas" em nome de laranjas e em abrir contas bancárias em nome delas para que outros grupos criminosos fizessem transações financeiras de recebimento e remessa de valores. Entre as atividades exercidas pelos grupos delinquentes que utilizavam o esquema, destacam-se o tráfico de entorpecentes, o contrabando e a extração ilegal de ouro. A organização também atuava em conluio com doleiros de outros países usando as contas criadas para a prática conhecida como "dólar cabo".

Os responsáveis pelo esquema recebiam um percentual sobre os valores que passavam em "suas" contas. Parte do dinheiro obtido com o crime foi utilizado pelos investigados para a abertura de uma empresa de produção de cigarros de palha. Eles também adquiriram imóveis e outros bens que foram ocultados e registrados em nomes de terceiros. A investigação, que priorizou fatos ocorridos a partir de 2018, identificou, até o momento, trinta empresas que eram utilizadas no esquema, sendo que, ao menos 24 "laranjas" serão ouvidos nos próximos dias.

A movimentação atípica detectada foi de mais de meio bilhão de reais, sendo que quase cem milhões foram movimentados em espécie. Os responsáveis irão responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica, além de outros que ainda poderão ser apurados. Somadas, as penas podem chegar a até 31 anos de prisão.

Fonte: Comunicação Social - PF-MG

Comunicar erro