Arroba do boi gordo bate recordes

As boas condições dos pastos estão permitindo que os criadores retenham os animais na fazenda e os frigoríficos não conseguem exercer pressão para a redução do preço da arroba do boi gordo, que tem estado em alta. A indústria tenta fazer pressão para abaixar o preço da matéria-prima, mas o mercado interno segue com demanda fraca. Com o boi o pasto, o pecuarista busca alternativas para reduzir os custos de produção e aposta na continuidade dos bons preços no futuro. Com isso, o preço no mercado interno também aumentou, pois os criadores estão negociando apenas o necessário.

Segundo a Agrobrazil, pecuaristas de Carmo da Cachoeira-MG, conseguiram atingir o maior valor para a categoria e venderam boiada para o mercado interno pelo valor de R$350,00 a arroba, com pagamento à vista e abate para o dia 24 de janeiro de 2022. Em São Paulo, o valor médio para o animal terminado apresentou uma média geral de R$343,45 por arroba no dia 18 de janeiro. Goiás teve média de R$334,06 por arroba, seguido por Mato Grosso Sul com R$313,43 por arroba.

Nas exportações, a carne bovina in natura continua a avançar e, até janeiro de 2022, foram vendidas 72 mil toneladas de proteína bovina para o mercado externo, volume 19% superior ao mesmo período no ano passado. A estimativa é que janeiro se encerre com cerca de 140 mil toneladas. Com a retomada das compras de carne pela China, os pecuaristas voltam a ficar de olho neste mercado. Paulo Henrique Queiroz, de Frutal, quer investir na produção de animais com padrão exportação e, para reduzir os custos de produção, está priorizando o próprio plantio de milho, mas os preços dos animais de reposição de qualidade estão muito elevados. "Estamos buscando por lotes, mas não estamos encontrando tanto. Com isso, temos que ir para outros estados para negociar por lotes melhores para compor nosso rebanho", comentou.