Faemg/Senar e Siamig lançam campanha pelo etanol

Uma parceria estabelecida entre o Sistema Faemg/Senar com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, a Siamig foi lançada neste dia 20, com o objetivo de destacar as vantagens ambientais do etanol e de seu uso como combustível. O presidente do Sistema Faemg/Senar, Antônio de Salvo, comentou que esse tipo de atitude deveria ter sido tomada anos atrás. A campanha "Movido pelo Agro" aposta na informação para demonstrar a redução dos níveis de poluição do ar nos grandes centros urbanos se todos os carros começarem a serem abastecidos com etanol.

Salvo comenta que a ideia partiu do uso do combustível por quem o produz. "Por que nós, do agro, não vamos abastecer com um produto nosso? Para convencer parte da população de que o produto é bom, certamente, nós devemos ser os primeiros a dar o exemplo", diz. A meta é divulgar a ideia nos 393 sindicatos rurais espalhados pelo estado, fazendo com que a frota das entidades e dos produtores utilize o combustível e divulgue com a utilização de adesivos da campanha. "É um recurso só nosso, brasileiro e infinito, uma vez que a cana pode ser replantada todo ano. Já o petróleo, além de ser um combustível fóssil altamente poluente, é um recurso finito", frisou.

O presidente da Siamig, Mário Campos, apontou que o conjunto de agentes de mercado que compõe o ambiente do etanol no Brasil está atento a essa tendência e quer fazer da ameaça de mercado uma oportunidade para consolidar o papel socioambiental do biocombustível. Ele afirmou que, pelo fato de o brasileiro ter renda baixa, o motivo econômico ainda prevalece na hora de abastecer. "Nós devemos mudar a nossa avaliação com a divulgação da redução das emissões. Aí começamos a colocar um outro conceito, que é o da calculadora ambiental", diz.

Segundo ele, 84% dos carros no país são flex e podem ser abastecidos com etanol. " O mundo está em franca transformação e a transição energética para baixo carbono está na agenda do mundo. O Brasil e Minas Gerais são ricos e têm opções. Precisamos valorizar isso. Minas tem como meta, até 2050, ter a neutralidade climática, um desafio enorme. Nosso setor contribui para isso. Somos sustentáveis, produzimos cana, biocombustíveis e energia limpa", observou.