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Municípios usam tecnologia contra a dengue

A estratégia de combate ao mosquito agora inclui o uso de aplicativos de mensagens e redes sociais

Por Lilian Cunha, Otalino Rodrigues, Pedro Lucas e Sara Braga em 27/02/2023 às 15:17:18

O combate ao mosquito Aedes aegypti é um desafio constante, o que muda ao longo dos anos e as últimas estratégias utilizadas para eliminar este mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya estão se voltando para a tecnologia. As prefeituras mineiras estão criando ferramentas que facilitem as ações nos eixos de comunicação/mobilização social, vigilância em saúde e assistência. Para o superintendente regional de Saúde de Uberaba, Eurípedes Leitão, a tecnologia é uma ferramenta importante no combate ao Aedes, pois permite que as informações sejam processadas mais rapidamente, gerando ações assertivas e em tempo oportuno. Ele afirma que "a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais vem trabalhando, por meio das unidades regionais, para aumentar a eficiência no combate aos focos e criadouros do mosquito nos municípios.

Ações como a divulgação de materiais informativos pelos sites, redes sociais e aplicativos de mensagens, bem como as estratégias de parcerias nessa divulgação, têm sido efetivas para ampliar o acesso da população às informações e o alcance das campanhas".

Em Uberlândia, desde 2019, foi adotado o aplicativo "Udi sem Dengue", que pode ser baixado nas plataformas Android e iOS, com interfaces para a população em geral e outra como ferramenta de trabalho dos agentes comunitários de endemias. José Humberto Arruda, coordenador municipal do Programa de Controle das Doenças Transmitidas pelo Aedes, explica que esta integração traz informação importante. "As demandas que mais chegam para nós são em relação a terrenos baldios, casas abandonadas ou de algum vizinho que tenha sido descuidado. Nossa equipe recebe a solicitação pelo app, vai ao local fazer a vistoria e, neste momento, já repassa o retorno para o solicitante", ressaltou.

Na cidade de Uberaba, o chefe de seção de controle de endemias, Diogo Barros, relata que há um site para concentrar denúncias e demandas espontâneas da população em relação a diversos agravos, incluindo as arboviroses e organizar a agenda de trabalho dos agentes de endemias e mobilizadores sociais no atendimento a essas demandas em um prazo de até quatro dias. Ele conta que as principais demandas estão relacionadas com o Aedes aegypti.

Com o objetivo de melhorar a comunicação com as equipes de assistência e combate a dengue, a Prefeitura de Patos de Minas disponibiliza para a população o aplicativo "Patos Conecta", com diversas ferramentas que interligam setores de forma instantânea. Dentro do aplicativo, existe uma ferramenta que identifica a denúncia de possíveis focos do mosquito Aedes aegypti. "A pessoa abre o aplicativo, que é bem simples, realiza uma denúncia, que é encaminhada ao controle vetorial ou mesmo à ouvidoria, que realizam uma filtragem para que possa ser respondida e tramitada a demanda, o que facilita a localização dos focos e principais criadouros" disse a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue de Patos de Minas, Daniele Nunes.


VIGILÂNCIA


Outra tecnologia que a Secretaria de Saúde de Uberlândia adotou e que segue as normas legais para o uso, foi a utilização de drones para ampliar o monitoramento. "O equipamento localiza as áreas com maior necessidade de atuação, como bairros que consideramos dormitórios, ou seja, aqueles em que as pessoas saem cedo e voltam apenas à noite. Então, o drone é uma ferramenta poderosa para identificar piscinas e caixas d"água desprotegidas. Identificando os focos, a equipe informa o morador que existe um foco descoberto por drone, faz a eliminação e a orientação. Esse ano já fizemos a licitação para a contratação da empresa que nos ajudará a implantar de forma definitiva a ação", explicou Arruda, coordenador municipal.


ASSISTÊNCIA


Em Canápolis, Centralina, Campina Verde, Ituiutaba, Gurinhatã e Santa Vitória, as equipes municipais de assistência básica, hospitalar e de zoonoses, se comunicam por aplicativo de mensagens instantâneas, e-mail e mesmo contato telefônico quanto aos casos suspeitos de dengue. "A assistência, ao preencher a ficha do caso suspeito de dengue, encaminha o endereço do paciente para o serviço de zoonoses realizar as ações de controle vetorial, como bloqueio com inseticida, eliminação de criadouro, mobilização social e mutirão de limpeza", disse a coordenadora da Vigilância Ambiental de Ituiutaba, Laryssa Alves Macedo.

Saiba mais em: https://www.saude.mg.gov.br/aedes

Fonte: - SRS Uberaba -

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