Balabanner

PF combate comércio ilegal de explosivos

A Operação Blaster mira a venda ilegal para esclarecer crimes cometidos com uso de explosivos

Por João Cerino em 30/03/2023 às 10:42:00

Montes Claros-MG - A PolĂ­cia Federal deflagrou neste dia 30 de março a Operação Blaster, com o apoio do Exército Brasileiro. O objetivo é o combate a crimes relacionados ao comércio ilegal de explosivos. O juĂ­zo da Vara Única de Grão Mogol-MG expediu seis mandados de busca e apreensão que foram cumpridos nesta manhã. As investigações iniciaram quando dois suspeitos foram presos em dezembro de 2022 com mais de uma tonelada de explosivos. A partir das prisões, a PF descobriu que os explosivos foram vendidos ilegalmente por operadores de empresas atuantes na ĂĄrea de comércio de explosivos e demolição.

Também foi apurado que os valores referentes à venda ilegal dos artefatos estavam direcionados aos proprietĂĄrios de empresas localizadas na Região de Coronel Murta-MG. Com isso, busca-se localizar outros explosivos em situação irregular, valores e eventuais vendas ilĂ­citas efetivadas pelos investigados, assim como auxiliar na elucidação de outros crimes cometidos com o uso de explosivos.

As condutas apuradas encontram previsão no Estatuto do Desarmamento e podem configurar crime de porte e comércio ilegal de artefatos controlados, com penas que somadas podem chegar a 18 anos de reclusão. O nome da operação faz referĂȘncia ao blaster, que é o elemento encarregado de organizar e conectar a distribuição e disposição dos explosivos e acessórios empregados no desmonte de rochas.

OPERAÇÃO

A Operação Blaster é um desdobramento da apreensão realizada em 3 de dezembro de 2022, próximo à cidade de Salinas quando duas pessoas transportavam cerca de 1260 unidades de dinamite em uma camionete, além de 1250 metros de fio detonador não elétrico e 18 caixas de espoleta. Após a prisão, as investigações realizadas apuraram que as empresas que venderam irregularmente os explosivos eram sediadas na cidade de Coronel Murta e, por esta razão, foram cumpridos os seis mandados de busca e apreensão, além da oitiva de quatro pessoas vinculadas às pessoas jurĂ­dicas investigadas.

As empresas adquiriram legalmente os explosivos, mas a investigação quer saber sobre o comércio irregular deste material, para apurar a existĂȘncia de outras vendas, além da possibilidade de que os explosivos desviados tenham sido utilizados para explosão de caixas eletrônicos. Esta operação contou com a participação do Exército, que atuou na fiscalização administrativa do estoque de explosivos encontrados nos paióis. Foram apreendidos cerca de 10 mil reais.


Fonte: Delegacia Regional de PolĂ­cia Federal em Montes Claros-MG

Comunicar erro