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PC prendeu dupla por tráfico de influência

Os dois suspeitos foram denunciados por cobrar para aprovação de veículos em vistoria

Por João Cerino em 20/06/2023 às 22:23:32

Foto - Divulgação/PCMG

Um trabalhador rural denunciou ter sido vítima de um casal de despachantes que teria cobrado propina para que uma transferĂȘncia de veículos fosse aprovada na vistoria. Os dois foram detidos assim que forneceram dois recibos à vítima, sendo um do valor das taxas de transferĂȘncia e de serviços prestados eles e outro de R$.200,00 que disseram ser referentes ao valor da propina paga ao vistoriador. O caso aconteceu em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, onde a Polícia Civil fez a prisão em flagrante.

A ação policial ocorreu a partir da última sexta-feira, 16, quando o denunciante rural procurou a Delegacia Regional para informar que os despachantes estavam ligando e mandando mensagens no celular insistentemente para cobrar a suposta propina. Segundo alegado pela dupla, os veículos teriam sido aprovados mediante acordo do pagamento de R$.220,00 a um vistoriador da Circunscrição Regional de Trânsito, jĂĄ que que as condições dos pneus da moto estavam em desacordo com as normas, bem como o carro, com vidros e lacre de placa fora do padrão.

De acordo com o delegado regional em Ituiutaba, Luiz Antônio Minas, a vítima ainda relatou que, além da cobrança da suposta propina, o casal estaria retendo os CRLV"s dos veículos, até a quitação do valor, o que era injustificĂĄvel, pois os veículos estavam em perfeito estado. No dia marcado, o trabalhador rural se encontrou com o casal. "Os despachantes forneceram dois recibos à vítima: um do valor das taxas de transferĂȘncias e de serviços prestados por eles e outro de R$ 200, que deixaram bem claro ser referente ao valor da propina a um vistoriador", detalha Luiz Minas.

De acordo com o delegado, a prisão em flagrante do casal aconteceu após ser constatada a cobrança da suposta propina. Os despachantes foram autuados em flagrante pelo crime de trĂĄfico de influĂȘncia, previsto no artigo 332 do Código Penal, com pena de dois a cinco anos de reclusão, sendo levados ao sistema prisional. "A investigação prossegue com o objetivo de verificar se esse casal praticou tal crime com mais vítimas e se os presos iriam ou estavam mesmo repassando valores para vistoriadores", esclarece o delegado regional.

O delegado Luiz Minas orienta que os proprietĂĄrios de veículos de Ituiutaba e região não se sujeitem a pagamentos de supostas propinas para terem os seus veículos aprovados na vistoria e, diante de tais abordagens, realizem as denúncias à polícia para que seja feita a efetiva apuração.

Fonte: Ascom-PCMG

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