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Operação Anticorpos mira desvio de verba destinada ao combate da Covid

Por João Cerino em 28/05/2021 às 13:00:00

Divulgação/PCMG

Nesta quinta-feira, 27 de maio, a PolĂ­cia Civil de Minas Gerais realizou a primeira fase da operação Anticorpos, visando o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão em IbiaĂ­, Luislândia, IcaraĂ­ de Minas e São Francisco, cidades do Norte de Minas e em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Os indĂ­cios apontam desvio superior a um milhão de reais da Prefeitura de Luislândia, um valor destinado para conter o avanço da Covid-19 no municĂ­pio. Celulares, computadores e documentos foram apreendidos durante a ação policial.

Por meio de investigações, iniciadas em fevereiro deste ano, a PCMG em BrasĂ­lia de Minas apurou a suspeita de superfaturamento na aquisição de materiais de saĂșde, bem como na prestação de serviços. As denĂșncias envolvem o ex-prefeito do municĂ­pio e o ex-tesoureiro nomeado por ele. Os outros suspeitos são pessoas que integram as empresas contratadas pela Prefeitura durante a gestão das autoridades investigadas.

No curso dos trabalhos policiais, um mandado foi cumprido na fazenda e na casa pertencente ao ex-prefeito do municĂ­pio e o outro, na residĂȘncia do ex-tesoureiro da cidade. As demais ordens foram executadas nos locais ligados às empresas contratadas.

Durante a ação, duas pessoas foram detidas por porte ilegal de arma de fogo e munições, em Luislândia e São Francisco, ocasião em que os policiais apreenderam um revólver calibre 22 e dois carregadores com munições 380. Os homens foram liberados após pagamento de fiança.

CRIMES

O delegado FlĂĄvio Cavalcante conta que um avental, vendido no mercado pelo valor de R$ 5,25 foi adquirido pelo municĂ­pio por R$ 24,50, sendo que a quantia gasta com esse item superou R$ 70 mil. "Além disso, investigamos o pagamento para desinfecção de veĂ­culos e prédios sem a devida prestação do trabalho. A empresa contratada não executou o serviço e recebeu pela prestação dele", acrescenta FlĂĄvio.

Ainda conforme investigado, hĂĄ indĂ­cios de superfaturamento na contratação de tendas para barreiras que foram implantadas no acesso à cidade durante a fase mais restritiva da pandemia. As denĂșncias partiram da própria Prefeitura de Luislândia. "Alguns dos pagamentos foram realizados sem que qualquer funcionĂĄrio assinasse o recebimento. Esses documentos foram apreendidos depois que os subterfĂșgios foram denunciados", afirma FlĂĄvio.

O ex-prefeito irĂĄ responder pelo crime de apropriação e desvio de recursos pĂșblicos praticados quando estava no cargo, além de peculato, fraude em licitações e falsificação de documentos. Os demais investigados serão indiciados por fraude em licitação e falsificação de documentos. A conduta do ex-tesoureiro também implica em crime de peculato. O nome da operação faz referĂȘncia à pandemia e à atuação da PolĂ­cia Civil como vacina contra a corrupção.

Fonte: ASCOM-PCMG 27/05/2021

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