Câmara de Frutal estreou programa de entrevistas

A realização do programa de entrevistas "A Casa do Cidadão" correspondeu às expectativas. A proposta do presidente, Sebastião Custódio Couto Júnior, o Juninho do Sindicato, é realizar esse tipo de evento quinzenalmente, onde se fará a discussão de diversos assuntos de interesse da comunidade. A primeira edição, apresentada pela jornalista Débora Garcia, com produção da Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal, foi desenvolvida com apoio da ONG "Abraço Azul", que viabilizou como tema de estreia o autismo.

A coordenadora da Associação "Abraço Azul", Niely Cristiny Reis, elogiou a iniciativa do presidente Juninho ao realizar o evento, especialmente por falar sobre autismo. "Toda vez que promovemos palestras e encontros, notamos o quanto as pessoas sabem tão pouco e o quanto precisamos estudar mais sobre o tema e a associação nos proporciona levar mais conhecimento não só para os pais como para toda a sociedade. A palestra foi um grande sucesso e esperamos que possam trazer temas bem relevantes a todas as pessoas", declara.

A fonoaudióloga Olívia Silva e Silva também enfatizou a importância dessa iniciativa, que trouxe um assunto que vai enriquecer o conhecimento das famílias. "Graças à associação "Abraço Azul" o tema ganhou mais visibilidade e, com isso, mais famílias foram cadastradas e tiveram oportunidade de ter intervenção. Assim, vão ter um diagnóstico precoce que será fundamental para o desenvolvimento da criança", enfatiza.

Também o médico Juvenal Carneiro de Rezende Neto palestrou no evento e salientou as dificuldades em se abordar questões como a "saúde mental", destacando que é um assunto que não pode ser ignorado. "Temos crianças, adolescentes e adultos que têm as suas dificuldades, seja de entendimento, relação, engajamento no trabalho ou na escola. As pessoas não entendem muito esse assunto. Por isso, é importante falar cada vez mais de forma clara para que todos tenham um melhor entendimento, reduzindo o preconceito das pessoas com autismo e as famílias possam conviver de uma forma melhor", afirma.

Uma mãe de autista, Taciane Rodrigues de Souza Vieira, conta que foi uma das primeiras a organizar a instituição após ter o diagnóstico de seu filho, pois acredita que, por meio da associação, elas podem ajudar outras famílias. "É um avanço muito grande para as mães. Agradecemos muito a Câmara e todos os envolvidos que nos proporcionaram mais conhecimento a respeito do assunto", finalizou.