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Oftalmologistas expoem risco de suplementos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu suplementos alimentares que alegavam tratar doenças oculares

Por João Cerino em 09/08/2023 às 10:51:19

A AgĂȘncia Nacional de Vigilância SanitĂĄria proibiu a fabricação, distribuição, venda, promoção e o uso de suplementos alimentares que alegavam, em sua publicidade, serem capazes de tratar doenças oculares como catarata, glaucoma e degeneração macular. Em nota, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia-CBO reforçou o alerta para os riscos da comercialização de tais produtos com a promessa de cura. O conselho chegou a receber diversos comunicados de seus associados sobre a venda de suplementos alimentares com a promessa de cura e tratamento de doenças oculares.

Nas propagandas, os responsĂĄveis pelos produtos alegavam que a ingestão dessas substâncias teria como efeito a melhora da visão de perto e longe, da visão embaçada e da pressão ocular e da catarata, além de prevenir o surgimento e o agravamento de problemas de visão. "A decisão da Anvisa é uma vitória importante, pois protege a população de propagandas enganosas e, principalmente, dos potenciais efeitos colaterais e da ineficĂĄcia de produtos que não auxiliarão no tratamento de doenças oculares", avaliou, em nota, o presidente do conselho, Cristiano Caixeta Umbelino.

ENGANOSA

Em comunicado, a Anvisa alerta quanto às propagandas de produtos "com promessas milagrosas", veiculadas na Internet e em outros meios de comunicação, que prometem prevenir, tratar e curar doenças e agravos à saĂșde, além de melhorar problemas estéticos. "Muitas vezes, esses produtos são vendidos como suplementos alimentares, ou seja, alimentos fontes de nutrientes e outras substâncias bioativas, para os quais não hĂĄ nenhuma comprovação junto à agĂȘncia de ação terapĂȘutica ou estética. A Anvisa não aprovou nenhuma alegação desse tipo para suplementos alimentares e a legislação sanitĂĄria proĂ­be expressamente que alimentos façam alegações de tratamento, cura, prevenção de doenças e agravos à saĂșde. Dessa forma, qualquer propaganda de suplementos alimentares que contenha esse tipo de alegação é irregular."

Em suas orientações, a agĂȘncia recomenda que o consumidor não compre nem utilize suplementos alimentares que prometam agir no emagrecimento, aumento da musculatura, diminuição de rugas/celulite/estrias/flacidez, melhora das funções sexuais, aumento da fertilidade, melhora ou alĂ­vio de sintomas relacionados à tensão pré-menstrual, menopausa, aumento da atenção e foco, doenças degenerativas, como mal de Alzheimer, demĂȘncia e doença de Parkinson, câncer, problemas de aumento da próstata e disfunção urinĂĄria, problemas de visão, doenças do coração, pressão alta, colesterol e triglicerĂ­deos sanguĂ­neos elevados, melhora da glicose sanguĂ­nea, diabetes e nĂ­veis de insulina, problemas gastrointestinais, como gastrite, mĂĄ digestão, gripe, resfriado, Covid-19, pneumonia, labirintite, zumbido no ouvido, distĂșrbios do sono e insônia.

Fonte: AgĂȘncia Brasil

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