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PC investiga atentado contra estudantes

O ataque deixou um jovem morto a golpes de faca e três feridos graves

Por João Cerino em 13/10/2023 às 16:21:40

Divulgação/PCMG

A polícia prossegue nas investigações sobre o atentado ocorrido na terça-feira, dia 10, contra alunos de uma escola particular da cidade de Poços de Caldas, onde morreu o estudante Leonardo Willian da Silva, de 14 anos e ficaram feridos dois adolescentes com 13 anos e ainda uma jovem de 17 anos. A Polícia Civil em Poços de Caldas, apresentou, na quarta-feira, 11, como será o andamento das investigações, a partir de uma entrevista coletiva com participação das demais forças de segurança e a presença do secretário de estado da Educação, Igor de Alvarenga.

De acordo com as primeiras informações, o jovem apreendido em flagrante pelo ato infracional teria dito que esfaqueou os estudantes que saíam da escola à tarde por ter sofrido bullying no estabelecimento, onde foi aluno até 2021. Segundo a assessoria da Santa Casa de Poços de Caldas, as vítimas internadas são dois estudantes que estão na UTI e uma monitora de transporte escolar com 17 anos, que tentou intervir e foi atacada. O atentado seria praticado como forma de vingança e, embora o objetivo fosse matar os alunos de sua antiga sala, o atacante percebeu que eles estudavam de manhã, mas decidiu ir adiante no seu plano, por volta das 17h00.

Na ocasião, o delegado Cleyson Brene adiantou que a PC representou pelo mandado de internação temporária do jovem, que seguirá detido e disse que ainda não haviam elementos investigativos indicando alguma relação do adolescente com grupos de ódio ou outras redes criminosas. "Tudo aponta, nesse momento, de que se trata de um ato isolado. Além disso, o adolescente não estava no radar do Ministério da Justiça, que tem um banco de dados significativo por conta dos trabalhos realizados ao longo do ano", disse.

A força-tarefa da Polícia Civil foi de imediato ao local para fazer levantamentos que possam ajudar a desvendar o caso mais rapidamente. Uma equipe ficou responsável pela análise das imagens das câmeras de segurança e também da entrevista de testemunhas que estavam no local, incluindo os policiais militares que realizaram o atendimento inicial e outra foi à residência do adolescente infrator com peritos para análise do quarto do jovem. "Não havia equipamentos eletrônicos no local, mas encontramos cadernos com anotações e algumas gravuras, que podem apoiar a investigação em andamento", observou Cleyson Brene.

Uma unidade da Polícia Civil conseguiu, no mesmo dia, localizar o celular do adolescente, que caiu no momento da abordagem policial e que o familiar de uma das crianças teria levado para casa. Os levantamentos incluíram a perícia no aparelho celular. "É importante destacar o trabalho conjunto com o Ministério da Justiça, que está dando um apoio fundamental à investigação, em especial por meio do Laboratório de Crimes Cibernéticos. Assim, estamos conseguindo informações relacionadas aos dados telemáticos e das redes sociais do adolescente infrator – todas elas já identificadas", disse.

A Polícia Civil aguarda laudos da perícia técnica no colégio e a conclusão dos médicos-legistas que atuaram na força tarefa. Segundo o delegado, o adolescente sob investigação foi ouvido em delegacia, sendo a oitiva gravada em formato audiovisual, na presença do representante legal. O Ministério Público de Minas Gerais e o Poder Judiciário também acompanham o caso.

AMEAÇA

A CNN Brasil divulgou, também no dia 11, que o adolescente havia postado uma ameaça de massacre nas redes sociais. Segundo a Rede CNN, o delegado Cleyson Brene disse que o agressor postou um texto em sua conta no Instagram dizendo "eu quero fazer vocês sofrerem, quero fazer vocês me pagarem." O delegado apontou ainda que a polícia trabalhou acreditando que o jovem agiu motivado por vingança e que todas as redes sociais dele foram vistoriadas e a descoberta se deu com o apoio do Ministério da Justiça e também do laboratório cibernético. "Ele confirmou que havia feito essa postagem e apagado logo em seguida, após algumas visualizações."

Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais - CNN Brasil

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